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Desoneração da folha de pagamento

23 setembro, 2024

Desoneração da folha de pagamento

A desoneração da folha de pagamento é uma política fiscal que busca reduzir os encargos tributários sobre os salários pagos pelos empregadores. Essa medida é parte de um conjunto de iniciativas destinadas a aliviar a carga tributária sobre as empresas, aumentar a competitividade, estimular a formalização do mercado de trabalho e promover a geração de empregos. No Brasil, a desoneração da folha de pagamento foi implementada pela primeira vez em 2011 e passou por diversas reformulações ao longo dos anos. Este texto aborda de maneira abrangente os antecedentes, objetivos, mecanismos, impactos, desafios e perspectivas dessa política.

1. Antecedentes e Contexto Histórico

O sistema tributário brasileiro é complexo e inclui uma série de tributos que incidem diretamente sobre a folha de pagamento das empresas. Tradicionalmente, os empregadores são obrigados a contribuir com 20% sobre a folha de pagamento para a Previdência Social, além de outras contribuições, como as destinadas ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e ao sistema “S” (SESI, SENAI, SESC, SENAC, entre outros). Esses encargos aumentam significativamente o custo de contratação formal, criando um ambiente pouco favorável à geração de empregos e à competitividade empresarial.

O elevado custo da folha de pagamento é apontado como um dos fatores que contribuem para o alto nível de informalidade no mercado de trabalho brasileiro. Muitos empregadores, especialmente pequenas e médias empresas, encontram dificuldades em arcar com todos os encargos trabalhistas e optam por contratar trabalhadores de forma informal, sem registro em carteira, o que resulta na exclusão desses trabalhadores dos benefícios previdenciários e trabalhistas.

A ideia de desonerar a folha de pagamento surgiu como uma resposta a essas dificuldades. A política de desoneração busca reduzir o custo de contratação, incentivando a formalização do trabalho e, ao mesmo tempo, promovendo a competitividade das empresas em um cenário global cada vez mais desafiador.

1.1. Início da Desoneração

A desoneração da folha de pagamento foi introduzida no Brasil em 2011, durante o governo da presidente Dilma Rousseff, como parte do Plano Brasil Maior, que tinha como objetivo principal estimular a economia e fortalecer a indústria nacional em meio à crise financeira global de 2008. A medida foi inicialmente implementada em caráter experimental e setorial, abrangendo setores considerados estratégicos e intensivos em mão de obra.

A primeira fase da desoneração incluiu setores como tecnologia da informação (TI), têxtil, calçados, móveis e call centers. O objetivo era testar o impacto da medida nesses setores antes de expandi-la para outros ramos da economia. A desoneração foi acompanhada por uma substituição da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento por uma alíquota sobre o faturamento das empresas, variando entre 1% e 2,5%, dependendo do setor.

1.2. Expansão da Desoneração

Dado o sucesso inicial da medida e a pressão de outros setores econômicos, o governo decidiu expandir a desoneração da folha de pagamento para outros ramos da economia. Em 2014, a desoneração foi ampliada para 56 setores, abrangendo desde a indústria até os serviços, com alíquotas variando de 1% a 4,5% sobre o faturamento.

Essa expansão foi acompanhada de debates acalorados sobre os benefícios e custos da desoneração. De um lado, os defensores da medida argumentavam que ela era essencial para reduzir o custo de contratação, estimular o emprego e aumentar a competitividade das empresas brasileiras. De outro, críticos apontavam para o impacto fiscal negativo da desoneração, que resultou em uma queda significativa na arrecadação previdenciária e agravou o déficit nas contas públicas.

2. Objetivos da Desoneração da Folha de Pagamento

A desoneração da folha de pagamento foi implementada com diversos objetivos econômicos e sociais. Os principais incluem:

2.1. Redução do Custo de Contratação

O principal objetivo da desoneração é reduzir o custo de contratação de mão de obra formal. Ao substituir a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento por uma alíquota sobre o faturamento, o governo buscou aliviar a carga tributária que recai sobre os empregadores. Isso tornaria mais barato contratar e manter trabalhadores formais, incentivando a formalização do mercado de trabalho.

2.2. Estímulo à Geração de Empregos

Com a redução dos encargos sobre a folha de pagamento, esperava-se que as empresas aumentassem suas contratações, gerando mais empregos formais. Esse objetivo era particularmente importante em um contexto de crise econômica, em que o desemprego tende a aumentar e a informalidade a crescer. A desoneração foi vista como uma ferramenta para mitigar os efeitos negativos da crise sobre o mercado de trabalho.

2.3. Aumento da Competitividade das Empresas

Outro objetivo central da desoneração era aumentar a competitividade das empresas brasileiras, especialmente em setores que enfrentam forte concorrência internacional. Ao reduzir os custos trabalhistas, a medida ajudaria as empresas a competir em pé de igualdade com concorrentes de países onde os encargos sobre a folha de pagamento são menores.

2.4. Estímulo à Formalização do Trabalho

A desoneração também foi vista como um meio de combater a informalidade no mercado de trabalho. Ao tornar mais atrativa a contratação formal, a medida visava trazer mais trabalhadores para dentro do sistema formal de emprego, garantindo-lhes acesso a benefícios como previdência social, seguro-desemprego e FGTS.

3. Mecanismos da Desoneração

A desoneração da folha de pagamento no Brasil foi implementada por meio de dois principais mecanismos:

3.1. Substituição da Contribuição Previdenciária Patronal

O principal mecanismo da desoneração foi a substituição da contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de pagamento por uma alíquota sobre o faturamento das empresas. Esse novo tributo sobre o faturamento foi denominado Contribuição sobre a Receita Bruta (CRB).

A alíquota da CRB variava de acordo com o setor de atividade. Setores com maior intensidade de mão de obra, como o têxtil e o calçadista, foram beneficiados com alíquotas menores, enquanto setores com menor intensidade de mão de obra, como a indústria de bens de capital, tiveram alíquotas mais elevadas. A ideia era que, ao vincular a contribuição ao faturamento, o governo reduziria o custo de contratação e incentivaria a geração de empregos.

3.2. Setorização e Expansão Gradual

Inicialmente, a desoneração foi limitada a alguns setores específicos, considerados estratégicos e intensivos em mão de obra. Essa abordagem setorial permitiu ao governo avaliar o impacto da medida antes de expandi-la para outros ramos da economia.

Com o tempo, no entanto, a desoneração foi expandida para incluir uma gama mais ampla de setores, refletindo a pressão de diferentes indústrias por alívio fiscal. Essa expansão, embora tenha beneficiado um número maior de empresas, também aumentou o custo fiscal da medida, o que gerou críticas sobre sua sustentabilidade.

4. Impactos da Desoneração da Folha de Pagamento

A desoneração da folha de pagamento teve uma série de impactos econômicos e sociais, tanto positivos quanto negativos. A seguir, são explorados alguns dos principais efeitos dessa política.

4.1. Impactos sobre o Mercado de Trabalho

4.1.1. Geração de Empregos Formais

Um dos principais impactos positivos da desoneração foi a criação de empregos formais, especialmente nos setores beneficiados pela medida. Estudos indicam que a redução dos encargos trabalhistas ajudou a mitigar o aumento do desemprego durante a crise econômica e incentivou a formalização do trabalho, ainda que os resultados não tenham sido uniformes em todos os setores.

No entanto, a magnitude desse impacto foi modesta em termos gerais. A desoneração contribuiu para a criação de empregos em setores específicos, mas não foi suficiente para reverter a tendência de aumento do desemprego no país como um todo, especialmente em períodos de recessão econômica.

4.1.2. Formalização do Trabalho

A desoneração também teve um impacto positivo na formalização do trabalho. Ao reduzir o custo de contratação formal, a medida incentivou muitos empregadores a registrar seus trabalhadores, garantindo-lhes acesso aos direitos trabalhistas e previdenciários. No entanto, a alta informalidade no Brasil é um problema estrutural, que depende de uma série de outros fatores além do custo da folha de pagamento, como a rigidez da legislação trabalhista e a baixa qualificação da força de trabalho.

4.2. Impactos sobre a Competitividade Empresarial

4.2.1. Redução de Custos

A desoneração da folha de pagamento ajudou a reduzir os custos operacionais das empresas, especialmente em setores intensivos em mão de obra. Isso foi particularmente importante em ramos como o têxtil, calçadista e de tecnologia da informação, que enfrentam forte concorrência de produtos importados, especialmente da Ásia.

Ao aliviar parte da carga tributária, a desoneração permitiu que essas empresas competissem em melhores condições no mercado interno e externo, ajudando a preservar empregos e a manter suas operações no Brasil.

4.2.2. Aumento da Competitividade Internacional

Em um contexto de globalização, onde as empresas brasileiras enfrentam concorrentes de países com custos trabalhistas significativamente

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